Provas Aplicadas - 1ª Prova de Metodologia 1.2025
Olás,
Compartilho com vocês a 1ª Prova de Metodologia do 1º semestre de 2025. Esta atividade foi aplicada ontem no 1º período do Curso de Direito, da UFJF, Campus de Governador Valadares.
1ª
PROVA – 5ª ATIVIDADE AVALIATIVA DE METODOLOGIA 1/2025
Docente: Fernanda Henrique
Cupertino Alcântara Data:
30/07/2025 Valor: 20
pontos
Discente:_____________________________________________________________
Observações:
a prova só pode ser resolvida à caneta; escreva o nome completo, sem
abreviações; circule a alternativa escolhida (não marque com X, sob pena de
zerar a prova); deixe sua prova dobrada sobre a mesa; não levante a prova para
lê-la e não deixe o verso das páginas jogadas para a lateral.
Questão 01 – FUVEST - 2022 - USP - Professor – Sociologia 17 “Nota-se que a desigualdade,
expressa pela razão entre os rendimentos de uma pessoa localizada no 90º
percentil da distribuição de renda e outra situada no 10º percentil, era de 11
vezes em 1970, passou para mais de 12 em 1980 e atingiu seu ápice em 2000,
chegando a 14. Entretanto, essa razão caiu abruptamente entre os anos 2000 e
2010, atingindo um patamar inferior àquele observado no início dos anos 1970. A
mesma tendência, de forma mais atenuada, pode ser observada na curva que
expressa a razão entre os rendimentos do indivíduo mediano e daquele
pertencente ao 10º percentil, que passou de 3 para 2,6 vezes entre 2000 e 2010,
depois de um período de crescimento contínuo entre 1970 e 2000. Algo parecido
ocorreu com a razão entre o 90º e o 50º percentis, que declinou de 4,8 para
3,75 na década de 2000.” (Menezes Filho e Kirschbaum, 2015, p. 114). Segundo os
dados apresentados nesse extrato do texto, podemos afirmar que
(A) a razão da desigualdade de renda de uma pessoa localizada no
10º percentil da distribuição de renda e outra localizada no 90º percentil
dobrou entre as décadas de 1970 e 2000.
(B) a diferença entre os
rendimentos de um indivíduo mediano e aqueles de um indivíduo pertencente ao
grupo dos 10% com maior renda aumentou progressivamente até 2000.
(C) as décadas de 1970, 1980 e 1990 foram décadas de recuperação
dos rendimentos dos indivíduos localizados no 90º percentil da distribuição de
renda do país.
(D) a alteração da razão entre os rendimentos do indivíduo mediano
e aquele localizados no 10º percentil de 3 para 2,6 vezes significou um aumento
da desigualdade nos anos 2000.
(E) ao longo de todo o período, houve um aumento da desigualdade
social expressa na diferença crescente entre a renda dos que estão localizados
no 10º e aqueles do 90º percentil da distribuição de renda.
Questão 02 - FCC - SEDUC ES - Professor de Sociologia – 2022 44.
As variáveis em uma pesquisa social são as características a serem observadas
ou medidas em cada elemento da população considerada. Contém uma variável
quantitativa e uma variável qualitativa, respectivamente:
(A) altura e nacionalidade.
(B) local de nascimento e idade.
(C) sexo e peso.
(D) local de nascimento e religião.
(E) estado civil e renda mensal.
Questão 03 - FCC - SEDUC ES - Professor de Sociologia – 2022 46.
Na pesquisa social, a coleta de dados consiste em fornecer informações
necessárias para a obtenção das respostas às indagações do pesquisador. A
confiabilidade dos resultados, todavia, depende da definição objetiva e
criteriosa dos procedimentos da pesquisa, assim como da análise coerente dos
dados recolhidos. A sequência lógica correta das etapas da pesquisa social
é:
(A) formulação dos objetivos e hipóteses → coleta dos dados →
análise dos dados → discussão dos resultados e conclusão → definição do
problema de pesquisa.
(B) definição do problema de pesquisa → coleta dos dados →
formulação dos objetivos e hipóteses → análise dos dados → discussão dos
resultados e conclusão.
(C) coleta dos dados → formulação dos objetivos e hipóteses →
definição do problema de pesquisa → discussão dos resultados e conclusão →
análise dos dados.
(D) formulação dos objetivos e hipóteses → definição do problema
de pesquisa → coleta dos dados → análise dos dados → discussão dos resultados e
conclusão.
(E) definição do problema
de pesquisa → formulação dos objetivos e hipóteses → coleta dos dados → análise
dos dados → discussão dos resultados e conclusão.
Questão 04 – COSEAC 2022 Sociólogo UFF 44 Observe a imagem.
No gráfico acima o sociólogo Carlos Antonio da Costa Ribeiro
apresenta os resultados de sua pesquisa sobre Classe, Raça e Mobilidade Social
no Brasil. A partir da análise do gráfico observe as afirmações a seguir:
I Ainda que com os mesmos anos de escolaridade, homens brancos têm
maiores chances de tornarem-se profissionais ou administradores que homens
negros.
II Considerando a diferença de chances para homens brancos e
negros tornarem-se profissionais ou administradores ao final da trajetória
escolar indica que o racismo estrutural possui grande peso na explicação do
fenômeno.
III A comprovação de que homens negros e brancos podem alcançar o
mesmo número de anos de escolaridade demonstra que o problema do racismo no
Brasil não está relacionado a questões estruturais, e sim ao preconceito
racial.
Sobre as afirmativas acima, apenas
(A) I está correta. (B) I e II estão corretas.
(C) II está correta. (D)
II e III estão corretas.
(E) III está correta.
Questão 05 – FUVEST - 2022 - USP - Professor - Sociologia
01 (...) O
direito à educação está intimamente ligado ao direito à informação, à cultura e
à ciência; ele requer um profundo compromisso com a construção de capacidades
humanas. Além disso, esse direito está intimamente ligado ao direito de ter
acesso e contribuir para os conhecimentos comuns da humanidade e seus recursos
de informação, conhecimento e sabedoria compartilhados e em contínua expansão.
O ciclo contínuo de criação de conhecimento que ocorre por meio de contestação,
diálogo e debate é o que ajuda a coordenar a ação, produzir verdades
científicas e incentivar a inovação. É um dos recursos mais valiosos e
inesgotáveis da humanidade e um aspecto fundamental da educação. Quanto mais
pessoas têm acesso aos conhecimentos comuns, mais abundantes eles se tornam. O
desenvolvimento da linguagem, do numeramento e dos sistemas de escrita
facilitou a disseminação do conhecimento ao longo do tempo e do espaço. Isso,
por sua vez, permitiu que as sociedades humanas atingissem níveis
extraordinários de crescimento coletivo e construção de civilizações. As
possibilidades dos conhecimentos comuns são teoricamente infinitas. A
diversidade e a inovação desencadeadas pelos conhecimentos comuns originam-se
de empréstimos e experimentações que atravessam fronteiras disciplinares, bem
como da reinterpretação do antigo e da criação do novo. Infelizmente, as
barreiras impedem a equidade no acesso e na contribuição para os conhecimentos
comuns. Existem lacunas e distorções significativas no conhecimento acumulado
da humanidade que necessitam ser abordadas e corrigidas. Perspectivas,
linguagens e conhecimentos indígenas têm sido marginalizados há muito tempo.
Mulheres, meninas, minorias e grupos de baixa renda também são severamente
sub-representados. As limitações de acesso a conhecimentos comuns ocorrem como
resultado de comercialização e leis de propriedade intelectual excessivamente
restritivas, da ausência de regulamentação e da falta de suporte adequado para
as comunidades e os sistemas que gerenciam os conhecimentos comuns.(..) Um
direito ampliado à educação ao longo da vida requer o compromisso em derrubar
barreiras e garantir que os conhecimentos comuns sejam um recurso aberto e
duradouro que reflita as diversas formas de conhecer e estar no mundo. Comissão
Internacional sobre os futuros da educação. Reimaginar nossos futuros juntos:
um novo contrato social para a educação. Brasília: UNESCO e Fundação SM, 2022,
p. 10 e 11.
A partir da leitura do texto, pode-se afirmar:
(A) O conhecimento comum é
constituído pela ação humana em comunidade, por meio da discussão e do debate,
crescendo à medida que mais pessoas participam desse processo. Ou seja, quanto
mais utilizado, mais ele se desenvolve, multiplicando-se a si mesmo. Elementos
que favoreceram a expansão do conhecimento comum foram os sistemas de
escrita e de numeração, que permitiram não só fixar, mas transmitir o saber
tanto no tempo quanto no espaço. Porém, não são todos que igualmente participam
da construção do conhecimento comum, sendo sub-representados os mais pobres, as
mulheres, as minorias e os saberes indígenas.
(B) O conhecimento comum é constituído pela ação humana em
comunidade, por meio da discussão e do debate, crescendo à medida que mais
pessoas participam desse processo. A participação, no entanto, precisa se dar
de forma qualitativamente relevante, para que essa atividade não seja
contraproducente, gerando menos, e não mais conhecimento comum. Elementos que
favoreceram a expansão do conhecimento comum foram os sistemas de escrita e de
numeração, que permitiram não só fixar e transmitir o saber no tempo e no
espaço, mas tornaram possível sua existência. Porém, não são todos que
igualmente participam da construção do conhecimento comum, sendo
sub-representados os mais pobres, as mulheres, as minorias e os saberes
indígenas.
(C) O conhecimento comum é constituído pela ação humana em
comunidade, por meio da discussão e do debate entre aqueles que partilham de
uma linguagem e valores também comuns. Essa ação precisa se dar de forma
qualitativamente relevante, para que o conhecimento, de fato, seja comum a
todos os que dele participam. Elementos que favoreceram a expansão do
conhecimento comum foram os sistemas de escrita e de numeração, que permitiram
não só fixar e transmitir o saber no tempo e no espaço, mas tornaram possível unificar
valores e práticas compartilhadas na comunidade. Porém, não são todos que
igualmente participam da construção do conhecimento comum, sendo
sub-representados os mais pobres, as mulheres, as minorias e os saberes
indígenas.
(D) O conhecimento comum é constituído pela ação humana em
comunidade, por meio da discussão e do debate, crescendo à medida que mais
pessoas participam desse processo. Ou seja, quanto mais utilizado, mais ele se
desenvolve, multiplicando-se a si mesmo. Elementos que favoreceram a expansão
do conhecimento comum foram os sistemas de escrita e de numeração, que
permitiram não só fixar, mas transmitir o saber tanto no tempo quanto no
espaço. Por isso, todos igualmente participam da construção do conhecimento comum,
de acordo com suas possibilidades e formas de expressão.
(E) O conhecimento comum, constituído pela ação humana em
comunidade, é o que chamamos de senso comum, que cresce à medida em que mais
pessoas participam do processo educativo. Elementos que favoreceram a expansão
do conhecimento comum ou bom senso foram os sistemas de escrita e de numeração,
que permitiram não só fixar, mas transmiti-lo tanto no tempo quanto no espaço.
Porém, não são todos que igualmente participam da construção do senso comum,
sendo sub-representados os mais pobres, as mulheres, as minorias e os saberes
indígenas.
Questão 06 – FUVEST - 2022 - USP - Professor – Sociologia 33 De acordo com Laraia (2005, p.
75): “O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como
consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e
o mais natural”. Considerando a diversidade cultural que distingue as
sociedades entre si, essa propensão deve ser tratada como expressão do:
(A) Relativismo cultural.
(B) Etnocentrismo.
(C) Determinismo geográfico.
(D) Determinismo biológico.
(E) Pluralismo cultural.
Questão 07 – NCE UFRJ 2007 Eletrobrás Sociólogo
37 - Um dos indicadores centrais para se analisar o avanço
científico de um país ou região é a sua participação comparativa em relação a
outros países ou regiões, numa abordagem longitudinal. Analise a tabela a
seguir: Percentual de Publicações Científicas no âmbito mundial – países
selecionados
A partir de análise da tabela, é INCORRETO concluir que:
(A) não se pode observar uma internacionalização dos esforços,
mas, pelo contrário, uma concentração claramente nacional do desenvolvimento
científico e tecnológico;
(B) o fosso entre os mais desenvolvidos e os menos desenvolvidos
manteve-se relativamente estável ao longo da última década;
(C) há espaços para os países emergentes, onde exista esforço
consciente para elevar a capacitação científica, como no caso dos “Tigres
Asiáticos”;
(D) o Brasil tem caminhado lentamente, se comparado à China e aos
Tigres Asiáticos em conjunto;
(E) a perda de capacidade
científica nos Estados Unidos, na última década, decorreu da perda de
competitividade com a União Européia, Japão e China.
Questão 08 – NCE UFRJ 2007 Eletrobrás Sociólogo
47 - Um estudo sociológico foi realizado com médicos e médicas
para verificar a diferença de procedimento no tratamento do câncer de mama. Foi
levantada a freqüência de casos de remoção radical da mama ao longo de um ano.
Os dados obtidos para os médicos foram: 27 50 33 25 86 25 85 31 37 44 20 36 59
34 38 Os dados obtidos para as médicas foram: 05
07 10 14 18 19 25 29 31 33 Conclui-se
que:
(A) as médicas realizaram, em média, o mesmo número de cirurgias
de remoção radical da mama que os médicos;
(B) os médicos realizaram, em média, menos cirurgias de remoção
radical que as médicas;
(C) os médicos realizaram, em média, mais do que o triplo de
cirurgias de remoção radical da mama que as médicas;
(D) uma hipótese plausível
é que médicas são mais sensíveis à retirada completa da mama;
(E) as médicas realizaram o dobro de cirurgia de remoção radical
da mama que os médicos.
Questão 09 –
Questão 34: (Fernanda H. C. Alcântara, Brasil) Acerca da amostra e do
universo na pesquisa científica, no livro Como observar, Harriet
Martineau explicou que:
a) A pesquisa de campo pode ser
feita a qualquer tempo e com quaisquer informantes sem prejuízo para o
resultado auferido.
b) A
preocupação com os métodos envolve também uma estratificação adequada do
universo a ser pesquisado, embora ela não use este termo para se referir a esse
procedimento.
c) A representatividade da
amostra não é um problema colocado por Martineau, mesmo que ela tivesse a
preocupação em observar e entrevistar um público diverso e em quantidade.
d) Não cabe apenas a preocupação com
quais são os requisitos para a observação social, mas também o que e como se
deve observar os discursos dos indivíduos, não as coisas.
e) Os viajantes tinham uma formação adequada para evitar que uma
amostra viciada não fosse utilizada para a realização da pesquisa de campo,
impedindo que esse grave problema metodológico contaminasse o resultado
auferido.
Questão 10 –
Questão 24: (Fernanda H. C. Alcântara, Brasil) Em seu
livro Como observar: morais e costumes, Harriet Martineau:
a) Confronta os argumentos de
Auguste Comte acerca da criação da Sociologia.
b) Disserta sobre a necessidade de
que os viajantes passassem por cursos de formação para atuarem na área.
c) Entende
que era necessário se qualificar para observar a realidade e questionar o
processo de observação antes e depois de estar em campo.
d) Advoga pela definição da profissão
de sociólogo independentemente das condições físicas de cada indivíduo.
e) Questiona a capacidade dos filósofos de interpretarem os dados
coletados pelos viajantes.
Boa prova!
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