Clássicas - Flora Tristan (1803-1844)
Impossível falar sobre o século XIX sem mencionar o Socialismo Utópico, que teve como expoentes Saint Simon, Charles Fourier e Robert Owen, entre outros. Ou melhor, outra? Flora Tristan afirmava não estar filiada a nenhuma dessas três correntes do Socialismo Utópico, mas dialogava com os discípulos de Saint Simon, pois não o conheceu. Por outro lado, teve contato direto tanto com Fourier quanto Owen, para os quais entregou seu livro "União Operária" e ouviu críticas.
Flora também foi citada por Friedrich Engels no livro que este escreveu com Karl Marx: A Sagrada Família. Não bastasse isso, ela antecipou a discussão sobre a autonomia do operariado e a sua condição internacional, que foram assuntos centrais na obra de Marx e Engels "O Manifesto do Partido Comunista".
Obras:
1835, Necessidade de acolher bem as mulheres estrangeiras
1836, As mulheres de Lima, Revista de Paris
Os conventos de Aréquipa: história de Dominga, Revista de Paris
1838, Cartas de Bolívar, Jornal Le Voleur
1838, Méphis ou o proletariado
1838, Peregrinações de uma pária
1840, Passeios em Londres
1843, União operária
1843, Tour de France
1846, Testamento da pária (publicado postumamente pelo socialista Alphonse Constant)
Textos de comentadores que recomendo a leitura:
AMARANTE, Maria Inês. “Flora Tristan: jornalismo militante em tempo de revoltas”. Revista Katálysis, v. 13, n. 01, 2010.
CAMPOS, Luna. “Algumas notas de pesquisa sobre Flora Tristan”. IESP, Cadernos de Estudos Sociais e Políticos, v 6, n 11, 2017.
DAFLON, Verônica Toste e CAMPOS, Luna Ribeiro. “Gênero e conhecimento”. Estudos históricos, v 33, n 70, 2020.
KONDER, Leandro. Flora Tristan: uma vida de mulher, uma paixão socialista. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 1994.
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